
Futebol, o retrato da sociedade 6po64
O futebol, que deveria ser um espaço de paixão e união, tem se tornado palco de episódios
lamentáveis que refletem o pior da nossa sociedade.
O futebol, que deveria ser um espaço de paixão e união, tem se tornado palco de episódios
lamentáveis que refletem o pior da nossa sociedade.
Foi um Papa que caminhou com os sofredores e falou com o coração. Seu legado permanece como um forte convite à escuta, à justiça, ao diálogo e à compaixão.
urante as comemorações pelos 70 anos da Universidade Franciscana (UFN), 38 docentes e técnicos-istrativos foram homenageados com o Mérito Acadêmico
Santa Maria tenta, mas a cada dia, é mais difícil esconder os problemas socioestruturais dos cantos da cidade, ou, melhor dizendo, os cantos esquecidos da cidade.
A posse oficial ocorre no domingo, dia 18, em uma missa com a presença de fiéis do mundo inteiro e líderes globais.
Em 2025, o conclave que decidiu o próximo líder da Igreja Católica teve uma
característica inédita: foi moldado pelo próprio Francisco.
O mundo ficou mais barulhento sem a tua calma. E um pouco mais triste, agora que a cadeira do quintal está vazio, mas ainda há os leves de uma cadelinha ao seu lado.
O grupo que mistura pregação religiosa e coaching promete transformar os homens em verdadeiros “governantes” da casa e cobram um preço exorbitante.
O Papa Francisco morreu em 21 de abril, um sábado, aos 88 anos, no Vaticano. Ele estava internado havia alguns dias em decorrência de complicações respiratórias, conforme os últimos boletins médicos divulgados pela Santa Sé. A
O torcedor não é tolo, ele percebe o cheiro de mofo vindo das salas da CBF. Talvez seja hora de trocar os ternos por uniformes amarelos da seleção.
A Agência CentralSul de Notícias faz parte do Laboratório de Jornalismo Impresso e Online do curso de Jornalismo da Universidade Franciscana (UFN) em Santa Maria/RS (Brasil).
O futebol, que deveria ser um espaço de paixão e união, tem se tornado palco de episódios
lamentáveis que refletem o pior da nossa sociedade. Neste ano, casos de racismo e
violência em estádios sul-americanos escancararam a urgência de mudanças profundas.
Em março, durante uma partida da Libertadores Sub-20 no Paraguai, o jovem Luighi, do
Palmeiras, foi alvo de gestos racistas por parte de torcedores do Cerro Porteño. O jogador,
visivelmente abalado, desabafou em lágrimas, questionando até quando tais atos seriam
ignorados. A reação das autoridades foi considerada insuficiente, com a Conmebol
prometendo medidas disciplinares, mas sem ações concretas imediatas.
Pouco tempo depois, em Santiago, no Chile, antes de um jogo entre Colo Colo e Fortaleza,
uma tentativa de invasão ao estádio resultou na morte de dois adolescentes. Um deles, de
18 anos, foi atropelado por um veículo da polícia, mesmo possuindo ingresso para o jogo. O
incidente gerou revolta e questionamentos sobre a atuação das forças de segurança.
Em Porto Alegre, torcedores do Atlético Nacional da Colômbia foram vítimas de violência
durante uma visita para um jogo da Libertadores. Relatos apontam para confrontos com
torcedores locais e uma resposta inadequada das autoridades, resultando em feridos e um
ambiente de medo.
Esses episódios evidenciam como o futebol tem sido usado como válvula de escape para
expressar ódios e preconceitos enraizados. A paixão pelo esporte está sendo distorcida por
atitudes que nada têm a ver com o espírito esportivo. Além disso, a atuação das
autoridades, tanto esportivas quanto de segurança pública, tem sido marcada por omissão e
despreparo. A falta de punições exemplares e a negligência diante de situações de risco
contribuem para a perpetuação desse ciclo de violência.
É urgente repensar o papel do futebol na sociedade e implementar medidas efetivas para
combater o racismo e a violência nos estádios. O esporte deve ser um espaço de inclusão,
respeito e celebração da diversidade, não um campo de batalha para intolerância e
agressão.
Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.
A morte do Papa Francisco representa a despedida de uma das figuras mais humanas e transformadoras que a Igreja Católica já teve. Jorge Mario Bergoglio, argentino e jesuíta, escolheu o nome Francisco, inspirado em São Francisco de Assis. Desde o início mostrou que seu papado seria diferente. Simples, ível e firme nas suas opiniões, ele aproximou a Igreja do povo de forma grandiosa.
Francisco não vivia no palácio, mas sim na Casa Santa Marta. Defendia os pobres, os marginalizados e denunciava injustiças sociais com muita bravura. Tinha um olhar sensível e atento à realidade do mundo, sempre buscando acolher os pedidos de seus fiéis. Trouxe para o centro das discussões valores humanos e sociais, como a ecologia, a imigração, o cuidado com o planeta e a economia solidária.
||Sua liderança foi marcada por empatia, fé e muita coragem. Foi um Papa que caminhou com os sofredores e falou com o coração. Seu legado permanece como um forte convite à escuta, à justiça, ao diálogo e à compaixão. Francisco será lembrado não apenas pelo que disse, mas principalmente pelo que fez.
Da Igreja, ele construiu uma casa mais aberta, humana e presente no mundo atual. Como estudante, reflito sobre sua trajetória e percebo que, além de líder religioso, também foi um grande comunicador, por expressar sua opinião e por dar voz a aqueles que nunca foram respeitados. Francisco defendeu seus ideais com verdade, tornando-se o Papa do povo e para o povo.
Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.
Durante as comemorações pelos 70 anos da Universidade Franciscana (UFN), 38 docentes e técnicos-istrativos foram homenageados com o Mérito Acadêmico por terem dedicado mais de 20 anos de suas carreiras à instituição. O evento foi realizado na última sexta-feira, dia 16, na Capela São Francisco de Assis.
A data foi considerada histórica pela Universidade. Em 16 de maio de 1955, foi autorizado o funcionamento da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora Medianeira (FACEM), marco inicial do Ensino Superior em Santa Maria, juntamente com a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Imaculada Conceição (FIC).
Foram condecoradas duas professoras do curso de Jornalismo, a prof. Sibila Rocha, que por 19 anos esteve no curso e agora está frente à Comissão Própria de Avaliação (CIPA) da instituição, e a professora Laura Fabrício, que hoje é a professora mais antiga do curso.
Para a professora Sibila Rocha, a homenagem representa “o reconhecimento de um trabalho feito com ética, profissionalismo e responsabilidade”. Ela ainda complementa que os 20 anos na instituição fazem parte de um “projeto de vida pessoal dedicado a formar profissionais com reconhecida capacidade humana e técnica”. Segundo ela, há uma conexão direta entre seus valores pessoais e a missão da UFN.
Para a professora Laura Fabricio, do curso de Jornalismo, receber o mérito acadêmico por mais de 20 anos de dedicação à Universidade Franciscana foi uma honra que vai além do reconhecimento “é fazer parte da história da instituição. Como a mais antiga do curso, me sinto duplamente honrada por representar o Jornalismo e por contribuir para a identidade da universidade”.
Outro momento especial da cerimônia foi a homenagem às Irmãs Franciscanas, que há sete décadas dedicam sua missão e trabalho ao crescimento da Universidade. Além disso, seis empresas parceiras foram reconhecidas por apoiarem as atividades desenvolvidas pela UFN.
Colaboração: Acadêmica de Jornalismo Maria Valenthine Feistauer
Foto: Marcelo Oliveira (PMSM)
Santa Maria tenta, mas a cada dia, é mais difícil esconder os problemas socioestruturais dos cantos da cidade, ou, melhor dizendo, os cantos esquecidos da cidade. Para aqueles que penetram os centros urbanos durante o dia e retornam para suas casas durante a noite, isso é ainda mais evidente. É quase como se não fossem pertencentes deste irável mundo novo, isolado geograficamente por longas estradas esburacadas, que o precário transporte público leva, com sorte, 1h para chegar.
Esse povo dos cantos travestido pela natureza de seus amargos empregos encaram diariamente uma derradeira constatação: há uma cidade feita para o centro e outra feita para seus arredores subjacentes.
Cultura, música, arte, símbolos históricos… estão sempre concentrados no centro. Nos cantos periféricos da cidade, o trabalhador, após um longo dia de labor, só encontra espaços públicos degradados, como as praças com equipamentos precários de musculação fornecidos pela prefeitura. Essas pessoas são verdadeiros impostores na cidade à parte, para a qual produzem, mas não pertencem.
O pobre pai de família, ao tentar frequentar esses centros, é olhado de cima para baixo ou esnobado por aqueles que, com seus egos inflados, o enxergam como verdadeiro forasteiro do seu mundo ideal. Esses forasteiros am o dia inteiro trancafiados no centro, privados de ver a luz do sol, muitas vezes convivendo com forasteiros de outros cantos. Quando o senhor feudal, dono do tempo deste cidadão, é questionado por outro senhor feudal sobre ele, responde apenas: “não ligue, ele mora para aqueles cantos”.
Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.
No dia 8 de maio de 2025, o cardeal Robert Francis Prevost foi eleito como o novo líder da Igreja Católica, tornando-se o Papa. Ele escolheu o nome Leão XIV ao assumir o papado, sendo o primeiro agostiniano a chegar ao pontificado em séculos. A eleição aconteceu após dois dias de conclave na Capela Sistina.
O Frei Miguel Accadrolli, da Pastoral da Universidade Franciscana (UFN), conta que está com as expectativas altas em relação ao novo papado e considera que a escolha do nome Leão XIV conta muito sobre a questão social e religiosa do novo pontífice. Ele também acredita que será um Papa capaz de dialogar com o mundo contemporâneo e seus problemas.
Para a Reitora da UFN, Iraní Rupolo, o novo Pontífice possui uma visão ampla da Igreja no contexto global, com forte experiência pastoral e cultural, tendo vivido em diversos países, o que lhe proporciona conhecimento de diferentes línguas e culturas. A Reitora entende que a escolha do nome “Leão XIV” carrega um forte simbolismo, já que Leão XIII lidou com os impactos da Revolução Industrial. Da mesma maneira, o novo papa percebe que estamos inseridos na Era da Inteligência Artificial e defende que a Igreja deve se envolver com esse novo cenário de maneira ética, humana e aberta à inclusão.
Prevost tem 69 anos e nasceu em Chicago nos Estados Unidos da América, se tornando o primeiro papa norte-americano. Em 2014, foi bispo em Chiclayo, no Peru, e em 2023 foi nomeado pelo Papa Francisco cardeal e responsável pelo Dicastério para os Bispos e pela Comissão para a América Latina.
Leão XIV é conhecido por defender a justiça social, a inclusão dos migrantes e o cuidado com o meio ambiente. Em seu primeiro discurso como Papa, destacou a importância de promover o diálogo e dar continuidade ao legado do Papa Francisco.
Com a colaboração de Isadora Rodrigues.
Logo após a morte do papa Francisco, o filme Conclave, da Netflix, disparou em
visualizações no Brasil. O fenômeno não surpreende. O brasileiro, atento ao que se a no
mundo, costuma buscar na arte uma forma de entender os grandes acontecimentos. E poucos
eventos são tão simbólicos quanto a escolha de um novo papa, uma mistura rara de fé,
política e expectativa global.
Em 2025, o conclave que decidiu o próximo líder da Igreja Católica teve uma
característica inédita: foi moldado pelo próprio Francisco. Durante os doze anos em que
ocupou o papado, ele nomeou 108 dos 135 cardeais com direito a voto — muitos vindos de
regiões antes pouco representadas no Vaticano, como Ruanda, Mongólia, Panamá e Brunei.
Um grupo menos concentrado na Europa e, em tese, mais próximo das realidades do povo
comum, como o próprio Francisco defendia.
Esse cenário é bem diferente do conclave de 2013, que o elegeu: naquela época, a maioria
dos cardeais havia sido escolhida por João Paulo II e Bento XVI, dois papas ligados a uma
visão mais tradicional da Igreja. Francisco foi, naquela ocasião, uma escolha inesperada.
Francisco deixa um legado visível na configuração do colégio cardinalício. Seu maior feito
talvez não seja a continuidade de sua visão, mas sim ter demonstrado que o papado pode ser
um motor de mudança e não apenas de preservação do conservadorismo.
Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.
Morre um homem que não tinha nada, mas carregava tudo.
José Mujica ou apenas Pepe, como o mundo o conhecia, não deixou fortunas, palácios, nem herdeiros políticos ambiciosos. Deixou uma cadeira de madeira na varanda de sua chácara, um fusca azul envelhecido pelo tempo e um silêncio que grita nas esquinas do Uruguai (e da América Latina).
Não usava palavras difíceis, mas fazia a verdade parecer simples. Talvez por isso a sua morte doa tanto, porque nos lembra que é possível ser honesto em voz alta. E agora essa voz se calou. Pepe viveu com os pés no barro e o coração na utopia. Lutou, apanhou, foi preso, resistiu. E mesmo depois de tudo, não falou com rancor. Falou com esperança. Uma esperança que hoje parece sentar sozinha na cadeira vazia do quintal, à sombra da sequoia onde Manuela descansa.
Manuela, sua cadelinha de três patas, atropelada por um trator que o próprio Mujica dirigia em um acidente que só aumentou o elo entre os dois.
A cachorrinha acompanhou o ex-presidente por mais de duas décadas, em atos oficiais, entrevistas, manhãs de trabalho na chácara e tardes de silêncio. Dormia ao lado da cama dele, sentia quando ele ia viajar e festejava sua volta com uma alegria que só os animais conhecem. Foi, nas palavras de Pepe, “a integrante mais fiel” do seu governo. E agora, segundo o próprio desejo do ex-presidente, será com ela que ele descansará, com suas cinzas espalhadas sob a mesma árvore onde ela foi enterrada.
Mujica sabia há meses que o fim estava próximo. Em janeiro, anunciou que não seguiria com o tratamento contra o câncer que havia se espalhado pelo fígado. Pediu aos médicos que não o fizessem sofrer em vão. Pediu à vida apenas o tempo suficiente para se despedir da terra, das ideias, e talvez também da utopia.
Sua morte, no dia 13 de maio de 2025, aos 89 anos, não é apenas o adeus de um ex-presidente. É o fim simbólico de uma era em que ainda se acreditava que política podia rimar com ética, que revolução podia calçar alpargatas, e que a coragem podia andar de mãos dadas com a ternura.
Milhares foram às ruas de Montevidéu para se despedir. Não apenas de um líder, mas de um modo de estar no mundo, com menos vaidade, menos ruído, menos pressa.
O que nos resta é continuar, talvez com menos romantismo, mas com mais urgência. Porque se Pepe ensinou algo, é que não há tempo a perder com ódio, consumo desgovernado ou ambição vazia.
O mundo ficou mais barulhento sem a tua calma.
E um pouco mais triste, agora que a cadeira do quintal está vazio, mas ainda há os leves de uma cadelinha ao seu lado.
Hasta siempre, Pepe.
Uma criança olha para a câmera e uma mãe ansiosa cuida dos seus filhos enquanto espera o marido voltar para casa. Um choro, um abraço apertado e a certeza de que o seu companheiro se tornou um novo homem. Esse é o cenário do vídeo que a influenciadora Viih Tube postou no seu Instagram e que suscitou a polêmica da vez, os Legendários.
O grupo que mistura pregação religiosa e coaching promete transformar os homens em verdadeiros “governantes” da casa e cobram um preço exorbitante por esse encontro transformador. Esse movimento evidencia o quanto a ideia de masculinidade está atrapalhada nos dias atuais e como homens, em busca de tornarem-se mais viris, transformam tudo em performance.
A ideia, então, é evocar um ideal de homem supostamente estabelecido pela religião. Ele é forte, resistente, capaz de aguentar o peso de uma família inteira em seus braços e se reconecta com Deus e com a sua virilidade em cima de uma montanha. A metáfora aqui é clara, quanto mais alto, mais perto de Deus alguém está. Mas até isso é deturpado, e a subida para se aproximar do céu se torna uma trilha em que os homens fazem exercícios físicos enquanto ouvem pregações.
É curioso pensar que, no mesmo momento, o movimento Legendários e a série “Adolescência” ocupam lugares de destaque nos principais portais de notícia e entretenimento. O personagem que protagoniza a série é um menino no início da adolescência que é suspeito de ass uma colega de classe. Pequeno, fraco e “esquisito” aos olhos dos outros alunos, ele teria a matado depois que ela o humilhou após uma tentativa de flerte.
Para mim, a masculinidade performática que leva homens a pagarem 80 mil reais para se tornarem o “verdadeiro chefe da família”, é uma diferente expressão do mesmo ressentimento sublimado pelo menino da série. O ideal de homem que o menino persegue e o faz ser excluído, é o mesmo pelo qual homens se submetem ao Legendários. No final, essa ideia performática sempre leva a algum tipo de violência física ou emocional.
Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.
O Papa Francisco morreu em 21 de abril, um sábado, aos 88 anos, no Vaticano. Ele estava internado havia alguns dias em decorrência de complicações respiratórias, conforme os últimos boletins médicos divulgados pela Santa Sé. A morte marca o fim de um pontificado iniciado em 2013 e que ficou conhecido por tentativas de diálogo com temas contemporâneos.
Francisco foi o primeiro papa latino-americano da história da Igreja Católica. Argentino, ex-arcebispo de Buenos Aires, foi escolhido após a renúncia de Bento XVI. Ao assumir o cargo, adotou um estilo mais simples e direto, o que o diferenciou dos papas anteriores. Durante os 12 anos de pontificado defendeu pautas sociais, fez visitas a periferias, falou sobre imigração, mudanças climáticas e desigualdade.
Mesmo com essa abordagem considerada mais ível, Francisco não promoveu mudanças significativas nas doutrinas centrais da Igreja. Internamente, enfrentou resistência de alas conservadoras e, ao mesmo tempo, foi criticado por setores que esperavam reformas mais profundas.
Ao longo de seu papado, deu declarações sobre política internacional, defendeu o acolhimento de refugiados e insistiu em alertas sobre o impacto ambiental das ações humanas. Também buscou aproximar a Igreja de fiéis afastados e tentou atualizar o tom institucional, sem romper com os pilares do catolicismo.
A morte de um papa é sempre tratada como um momento de transição institucional dentro da Igreja Católica, mas também expõe as distâncias entre a tradição religiosa e a realidade atual de muitas sociedades. Como jornalista, acompanho o processo como um fato histórico e político — com atenção ao peso simbólico, mas sem ilusões sobre o alcance que esse tipo de liderança ainda possui fora dos espaços religiosos.
Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.
O futebol brasileiro é paixão nacional, orgulho coletivo, parte do que nos define. Mas por trás do espetáculo em campo, existe uma realidade bem menos gloriosa e as últimas reportagens da Revista Piauí escancararam o que já era suspeita antiga: a Confederação Brasileira de Futebol virou um lugar onde os interesses pessoais valem mais que o esporte.
Sob o comando de Ednaldo Rodrigues, a CBF se envolveu em contratos milionários com advogados, acordos judiciais duvidosos e até relações preocupantes com figuras importantes do Judiciário. Parece mais uma novela política do que a gestão de uma instituição que deveria cuidar do futebol brasileiro.
Esses casos mostram um padrão: a CBF funciona como uma bolha de poder, onde a transparência é rara e a ética, quase inexistente. As pessoas mudam, mas o sistema continua o mesmo: viciado, fechado, distante da realidade dos clubes, dos jogadores e, principalmente, da torcida.
Enquanto isso, o futebol sofre. Os clubes menores penam, as categorias de base são deixadas de lado, e o calendário é feito sem o menor cuidado. O torcedor, que deveria ser o protagonista, vira apenas espectador de decisões que nunca o incluem.
Está mais do que na hora de exigir mudanças reais. O futebol brasileiro precisa de limpeza, responsabilidade e gente que ame o esporte mais do que os bastidores. Porque se continuar assim, não vai ser o juiz que vai apitar o fim do jogo, vai ser o torcedor, cansado de ser enganado.
O Brasil merece mais do que gols e títulos. Merece ética e pertencimento. O torcedor não é tolo, ele percebe o cheiro de mofo vindo das salas da CBF. Talvez seja hora de trocar os ternos por uniformes amarelos da seleção.
Artigo produzido na disciplina de Narrativa Jornalística no 1º semestre de 2025. Supervisão professora Glaíse Bohrer Palma.